Os primeiros exemplos de edifícios em altura na arquitetura paulista brutalista, ainda na primeira metade dos anos 1960 adotam uma solução que seguirá sendo paradigmática e recorrentemente retomada em várias obras das décadas seguintes e mesmo até recentemente. Destacam-se pela adoção de ousadas soluções estruturais em “árvore”, ou seja, estrutura principal centralizada/tronco com lajes-galhos em balanço, liberando as fachadas de qualquer elemento estrutural vertical. Apostam nesse caminho não apenas o projeto não executado para a Sede do Jóquei Clube no centro de São Paulo, dos arquitetos Carlos Barjas Millan, Jorge Wilheim e Maurício Tuck Schneider (960), como o Edifício para o Banco América do Sul na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio em São Paulo (1965), de Ernst Robert de Carvalho Mange e Ariaki Kato. Outros exemplos de variantes dessa proposta seriam o Edifício Asahi (1973) de Paulo Casé - arquiteto carioca que desde meados dos anos 1960 se aproxima da tendência brutalista internacional, neste caso a torre sendo complementada por um embasamento ocupando todo o pavimento térreo onde também predomina o concreto aparente.

Mas exceto talvez no caso do Banco América do Sul, tais soluções tendem ao paradoxo, por estarem sempre demasiado constrangidas pela exigüidade de seus lotes de implantação, em alguns casos, mal sendo perceptível o esforço estrutural que demandam, como também sucede na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Energia Elétrica (1963): a força da ousadia estrutural parcialmente se perde por ser quase impossível apreciá-la em seu lugar.